segunda-feira, 31 de maio de 2010

Feudal ultrapassa Crepúsculo em Vendas.

Como minha internet esta de zuera comigo. Hoje farei propaganda de minha própria obra. Do livro que eu mesmo escrevi chamado "Ocean". É um livro que conta a história de um garoto que resolveu seguir uma carreira de teatro a procura de encontrar a si mesmo. Porque ele sempre acreditava "A realidade não existe, é necessário usar máscaras". Mas durante uma de suas viagens, ele conhece o mar e os segredos dentro dele e principalmente o que tem do outro lado. Ao contar seus segredos para o mar, ele sorri, ele se diverte, encontra uma razão para viver,e o melhor de tudo ele se apaixona. E a distância não impede de que ele passe sua mensagem para a pessoa que ama através do vento. Porém, O Oceano cobra e tudo pode ser que saia muito caro no final e desmacare de vez seu próprio orgulho.



Capítulo 1 - Um Oceano entre você e Eu.

Dizem que no fundo do mar, há um outro mundo além do nosso profundamente infinito, como um espelho que reflete exatamente o que sentimos. A nossa vida terrestre é repleta de turbulações. E quando paramos em frente ao mar, parece que vemos o reflexo de nossa alma e podemos nos amenizar. Sinceramente eu tenho medo do mar, acho que talvez seja pelo fato de que ele é imenso e desconhecido. Além do mais moro na cidade, dificilmente tenho encontros com o Oceano. Hoje é um deles. Estou frente a frente com o meu maior medo. O Horizonte desconhecido. A briza está vindo. É gostosa, pacata. Gosto de andar pela margem, porém nunca gostei de ir além disso.(...)
Durante meu passeio pela praia avistei uma arvore proximo a uns rochedos, resolvi que lá seria a minha parada desta caminhada. Era 7 da manhã. O Sol reluzia pouco já que parte da luz era coberta por nuvens. Não costumo acordar tão cedo, mas hoje quis encontrar o mar. Infelizmente esqueci o meu aparelho sonoro. Me faz bem ouvir músicas durante viagens. Algumas músicas conseguem marcar para sempre. Pode ser um sentimento ou uma mágoa. Então comecei a cantarolar baixinho. Tenho uma voz boa até, mas não gosto que as pessoas ouçam, tenho uma voz boa só para mim. Ao som do meu próprio som, me aproximei da árvore. as pegadas deixadas sobre a areia era visível a distância, quando eu olhava para trás. Não havia ninguém na praia. Neste instante os únicos seres vivos por ali eram aqueles qeu voavam, as gaivotas e aqueles que nadavam, os peixes e claro, eu.
O silêncio sempre foi meu amigo. Então prefiro assim do que se estivesse cheio. Não havia pessoas jogando volêi, nem outras brincano de Frisbee com seus cachorros. Era apenas eu e o mar.A Árvore era maior do que imaginava quando cheguei ao seu lado. Quando eu avistei de longe pareceia apenas uma árvorezinha.
"A vida é assim, penso eu, de longe as coisas sempre parecem pequenas. Tudo é assim. As vezes olhamos para um problema de longe e não nos importamos mas quando estão frente a frete conosco são bem maiores e problemáticos. O feitiço vira contra o feiticeiro (...)."
Mesmo eu não sendo tão amigo do mar, sentei próximo a ele, e comecei a tecer comentários vagarosamente. E por incrível que pareça, ele realmente parecia me responder. Eu o procurei primeiro, talvez isso o instigou a me responder de forma avassaladora. Não estou numa fase muito boa, na verdade a fase é boa, mas nem tanto. Nem pra lá. Nem pra cá. Comecei a detalhar meus segredos para o mar. E gostava de me ouvir, recebia cada um como se fossem seus. E me respondia, conseguia entender claramente o que me dizia. Aos poucos eu parecia hipnotizado pela conversa, mas eu não me importava muito com os sentimentos de outras pessoas, não seria diferente com um ser que conheci agora. O mar queria que eu chegasse mais perto, que encarasse o desconhecido e me arrisca-se a conheçe-lo de forma gradual e mais forte. Eu tentei, dei dois passos. Não consegui. Eu entendia o mar, ele parecia sozinho. Ele estava sozinho. Assim como eu. Então prometi que um dia voltaria para vê-lo. Fui embora. Já estava na minha hora (...)
Voltei para minha a casa onde estava hospedado. Precisava decorar as frases da minha próxima peça, e a partir da minha experiência de hoje com o mar. Estava decidido a fazer minha própria peça de teatro. Parei para pensar em todos os meus interesses e problemas. Haviam tantos. Era como se eu tivesse uma peça de um quebra cabeça faltando, e que de alguma forma no recôngito mais profundo da minha mente a conversa que tive com o mar me acalantou e preencheu essa lacuna.(...)
Honestamente só procurei o mar uma vez, mas nas outras vezes que voltei lá, era como se me chamasse. Como se o mar lamenta-se minha ausência. Os dias foram passando e o elo entre o mar e eu estava ficando mais intenso. e eu resolvi encarar o desafio de se aproximar. Sempre resmunguei. Mas você mora muito longe. Parece que preciso de um bom tempo para chegar onde você mora. Mas me convenceu ao dizer que me acolheria. Era uma ilusão? Não sei já me importava mais. Estava entregue.
Depois de tantas conversas, depois de tantos segredos revelados, depois de tanta afeto falsamente mascarado eu me aproximei passo a passo. Eu não amava isso tudo apenas adorava. E tinha total certeza que se eu fosse voltaria sem vida. A margem é muito longe do horizonte.
Encontrar o desconhecido nessa vida é inevitável. cada vez mais me aproximei. Já estava quase submerso num transe cego. Estava indo para o Norte para o Sul? Eu não tinha certeza. Estava indo sendo afogado pelas minhas esperanças de mudar de vida. De usar a vida como uma ferramenta. Já não estava mais na praia. Estava no mar afogado. Eu conheci você? É aqui que você mora? Eu estava inconsciente consciente. As memórias estavam embaralhadas se dissipando em minha mente.
Mas logo acordei desse momento, percebi que o frio estava indo embora e o calor estava tomando meu corpo. Senti um leve toque de mão. Senti um sorriso se aproximando de mim. Não era o Oceano. Não era o Mar. Era uma pessoa. E com essa pessoa que eu conversei por tanto tempo através dos ventos do mar. A pessoa pra quem contei meus segredos estava na minha frente. Era tudo o que eu não imaginava ser, ou que eu precisava que fosse. Era um rosto familiar, um sorriso familiar. ERA UMA GAROTA(...)

Continua no capítulo 2

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